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Audiência Pública cobra retorno do Tempo Integral nas escolas estaduais de Araxá
Política

Audiência Pública cobra retorno do Tempo Integral nas escolas estaduais de Araxá

Audiência Pública cobra retorno do Tempo Integral nas escolas estaduais de Araxá

A Câmara Municipal promoveu, nesta quinta-feira (23), audiência pública para discutir a suspensão do Tempo Integral nas escolas estaduais de Araxá por parte do Governo de Minas. A audiência foi proposta pelo vereador Raphael Rios, por solicitação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

O Legislativo de Araxá vai formular um requerimento junto com o Sind-UTE cobrando informações oficiais da Secretaria de Estado de Educação sobre o retorno do projeto na cidade.

A audiência contou com as presenças da coordenadora do Sind-UTE em Araxá, Luciana Silva Aníbal; da superintendente regional de Ensino, Marilda Ribeiro Resende, representando a Secretaria de Estado de Educação; do juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude, Renato Zouain Zupo; da educadora Zulma Moreira (diretora da Escola Polivalente), representando as diretoras de escolas estaduais; da inspetora local de ensino, Maria Cristina Oliveira Barreto; da conselheira tutelar Corina Moura; da conselheira dos Direitos da Criança e do Adolescente, Elenice Veloso Paula; e no plenário, representantes regionais do Sind-UTE, pais, professores, comunidade e imprensa.

O impasse do Tempo Integral nas escolas do Estado iniciou-se com o seu corte geral, mas depois o governador Romeu Zema cedeu e anunciou o restabelecimento das 110 mil vagas contempladas pelo projeto de forma gradativa, abrangendo mais de 1,6 mil escolas, em acordo com a Assembleia Legislativa.

Raphael Rios abriu o debate relatando que o Plano Nacional de Educação (PNE) tem como meta ampliar a oferta da Educação Integral até chegar a um mínimo de 50% das escolas públicas do Brasil com educação em tempo integral até 2024. No entanto, o Censo Escolar 2017 mostra que apenas 13,9% dos alunos matriculados nas redes pública e privada estudam em tempo integral.

Segundo o governo, 30 mil vagas foram mantidas de forma imediata, 25 mil vagas retornarão em agosto, e as demais 55 mil vagas voltarão em fevereiro de 2020, informações estas comunicadas pela superintendente Marilda Ribeiro Resende.

“É o compromisso do governador com a Assembleia. Temos no contraturno a formação do ser humano, com tantas atividades que às vezes os pais não têm condições de pagar. Então estamos nessa expectativa”, relatou Marilda.

O ponto central do debate foi o fato de Araxá não ter sido contemplada pelas vagas imediatas e não há informação se a escolas locais serão contempladas em agosto. São 1,4 mil alunos e 100 profissionais prejudicados.

O juiz Renato Zupo defendeu que as escolas precisam estar equipadas para receber os alunos em turno e contraturno, exemplificando que o tempo integral é priorizado em países mais desenvolvidos. “Nossos jovens estão vulneráveis às ruas e que podem gerar consequências permanentes nesse menor que temos que proteger. Ou seja, as escolas precisam estar equipadas para receber esses alunos em turno e contraturno”, destacou.

Luciana Aníbal reiterou que educar não é apenas explorar o lado cognitivo. “A Escola de Tempo Integral observa o aluno de forma mais abrangente, melhora o desempenho e a realidade social. Lá é o lugar dele, vimos com muita tristeza quando o governador havia retirado essas vagas e oferecer de forma imediata o retorno de tão poucas. E em Araxá eram 14 escolas com tempo integral, agora nenhuma delas está com essa iniciativa funcionando”, relatou a coordenadora do Sind-UTE de Araxá.

A conselheira Corina Moura comentou que a maioria dos alunos que perderam o Tempo Integral é de famílias humildes. De acordo com ela, diversas demandas chegaram ao Conselho Tutelar de pais que enfrentam dificuldades sobre onde ou com quem deixarão seus filhos no horário de trabalho.

A diretora Zulma Moreira e a Inspetora Maria Cristina Oliveira Barreto reforçaram a importância da volta do Tempo Integral em Araxá, pois além de proporcionar a educação de maneira mais ampla, contribuem com os pais que precisam trabalhar e manter suas famílias, e alunos dentro da escola em vez de estarem nas ruas.

Participantes do plenário também reivindicaram o retorno do Tempo Integral e relataram as experiências benéficas que essa iniciativa proporciona, principalmente no lado humanizado.

Raphael Rios encerrou a audiência destacando a qualidade do debate e a participação de todos, principalmente dos desabafos que foram relatados. “A mudança só acontece através da educação. Foi uma grande oportunidade para demonstrarmos o quanto Araxá perde na falta do Tempo Integral nas escolas estaduais. Esperamos que o governo tenha a sensibilidade de pelo menos retornar as vagas já para este segundo semestre.”

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