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Crianças propensas a asma e eczema podem se beneficiar da companhia de um pet
Saúde

Crianças propensas a asma e eczema podem se beneficiar da companhia de um pet

Crianças propensas a asma e eczema podem se beneficiar da companhia de um pet

Estudos mostram que a convivência com animais, ainda no útero materno, protege os pequenos de desenvolver alergias tópicas e respiratórias

(foto: Park Ji-Hwan/AFP-17/10/10 )

Muitas pessoas querem ter um cachorro em casa, mas temem que o pelo do pet possa desencadear processos alérgicos, sobretudo nas crianças. Para elas, a boa notícia: dois estudos apresentados na reunião científica anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia, em Boston, mostraram o contrário. Na realidade, os cães, segundo as pesquisas, podem proteger os pequenos contra eczema e asma — incluindo aqueles com histórico familiar de alergia. Esses resultados se somam a um trabalho recente, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, que sugere que adotar um cãozinho pode ser a melhor estratégia de prevenção desses distúrbios.

A alergologista Gagandeep Cheema, de Detroit, conta que muitos estudos já demonstraram que o convívio de animais com crianças pode prevenir alergias. “Mas queríamos saber se essa proteção se mantinha ao longo de toda a infância”, diz. A médica lembra que o eczema ainda é uma condição misteriosa, e pouco se sabe sobre sua evolução. “Essa é uma doença mais comum em crianças pequenas, mas existe a desconfiança de que, mais tarde, ela possa evoluir para alergias alimentares, nasais e asma. Por isso, queríamos saber se ter um cão em casa retarda o progresso do eczema.”

Cheema analisou a associação entre a presença de um cachorro no ambiente doméstico ainda antes de o bebê nascer e o diagnóstico de eczema em uma amostra de 782 meninos e meninas, incluídos em um estudo longitudinal que os acompanhou desde o nascimento. Nesse banco de dados, havia informações como entrevistas pré-natais com os pais, prontuários de ao menos duas visitas ao médico – aos 2 e aos 10 anos – e o tempo de contato diário da mãe, quando gestante, com o cão.

“Nós descobrimos que a exposição da mãe ao animal, antes do nascimento da criança, está associada a um risco significativamente menor de se ter eczema aos 2 anos de idade”, conta o alergologista Edward M. Zoratti, coautor do estudo. “Porém, aos 10 anos, embora a proteção continue, ela sofre redução”, observa. Como o estudo não investigou causa e efeito, o especialista diz que não é possível explicar o porquê dessa diminuição.

Influências

O que se sabe, com base em evidências científicas, é que o sistema imunológico em desenvolvimento do feto pode sofrer influências ambientais, e que a exposição da mãe a fatores externos tem um papel fundamental na propensão da criança a doenças alérgicas. As pesquisas sobre essa associação indicam que, ao longo da vida, o contato do indivíduo com outros agentes alérgenos pode interferir na proteção adquirida ainda no útero.

A professora de imunologia e alergia da Universidade de Cincinnati Tolly Epstein, autora de um artigo publicado no Journal of Pediatrics, acredita que são necessários mais estudos para investigar a proteção que os cães podem conferir contra alergias em diferentes fases da vida. Ela pesquisou essa associação em 636 crianças que, apesar do histórico familiar do problema, conviviam com cachorros desde o nascimento. Ao comparar os dados, Epstein notou que aquelas que tinham um cão em casa apresentavam risco quatro vezes menor de desenvolver alergias – incluindo eczema – aos 4 anos, comparado àquelas sem contato frequente com animais. “Precisamos de estudos com uma amostra maior de participantes antes de aconselhar os pais a levarem um cãozinho para casa para evitar que as crianças tenham alergias. Mas essa é uma opção sobre a qual eles podem pensar”, afirma.

Em outro estudo apresentado na reunião do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia, a alergologista Po-Yang Tsou, de Baltimore, investigou como a exposição das crianças a uma proteína do pelo do animal e a bactérias que ele pode carregar afetam o risco de asma. Durante o trabalho, feito com 148 meninos e meninas, os pesquisadores realizaram testes de alergia no início, três, seis e nove meses depois. Além disso, inspecionaram as casas dos participantes para coletar amostras de poeira e pelos e, assim, determinar os alérgenos aos quais os moradores estavam expostos.

Crianças com asma e que viviam com os cães usavam menos o inalador pela manhã e apresentavam uma quantidade menor de sintomas noturnos da doença comparadas àquelas com a condição autoimune que não têm cachorro em casa. Contudo, entre os meninos e meninas que, além de asma, são alérgicos a pelo, a convivência com o animal piorou o problema. “Crianças asmáticas podem se proteger quando têm contato com cachorros, mas a exposição aos animais continua preocupante caso elas testem positivo para o pelo do cão”, observa. De acordo com a especialista, a convivência não precisa, porém, ser cortada. “Dar banho no cachorro ao menos uma vez por semana, usar regularmente aspirador de pó e lavar as mãos com sabão e água depois de fazer carinho ou abraçá-lo pode diminuir os sintomas da alergia”, ensina.

Alergia na fase adulta

Quando pensam em alergia alimentar, as pessoas geralmente a relacionam com crianças. Porém, estudo apresentado na reunião científica anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (Accai, sigla em inglês) mostrou que quase metade de todos os adultos que sofrem do problema relataram que ele surgiu depois dos 18 anos.

“A ideia de que 45% dos indivíduos com alergia alimentar a desenvolveram na idade adulta é surpreendente. Também vimos que, assim como ocorre entre crianças, a incidência de alergia alimentar nos mais velhos está aumentando”, contou Ruchi Gupta, autor do estudo.

De acordo com o médico, a alergia alimentar mais comum entre adultos é a ostras. A pesquisa também mostra que a alergia de adultos a nozes aumentou impressionantes 260% desde 2008. “Entre negros, asiáticos e hispânicos adultos, o risco de desenvolver alergia a determinados alimentos é maior que para brancos, especificamente quando falamos de ostras e amendoim”, destaca Chrispher Warren, coautor do estudo.

 

Fonte: www.uai.com.br

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