Menos telas, mais saúde
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Menos telas, mais saúde

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A pediatra Dra. Patrícia Terrível fala sobre os principais riscos do excesso de tela para bebês, crianças e adolescentes durante a pandemia

A pandemia de Covid-19 impactou a vida de todos, provocando um aumento do uso de dispositivos como celulares, computadores e tablets. Além de já fazer parte das atividades de lazer, os equipamentos eletrônicos passaram a estar ainda mais presentes na rotina de trabalho e no contexto escolar.

De acordo com a pesquisa Primeiríssima Infância – Interações na Pandemia: Comportamento de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempo de Covid -19, durante este período, a exposição de telas que já era alta entre as crianças, cresceu.

O levantamento mostrou que o uso de eletrônicos ficava em 15% em todas as classes sociais, porém, durante os meses de isolamento, esse número saltou para 59% entre crianças de 0 a 3 anos de idade. Isso se deve principalmente ao fato que muitos pais encontraram nas telas uma forma de entreter os filhos, que passaram a ficar mais tempo em casa.

A Dra. Patrícia Terrível, pediatria humanizada, alerta sobre os impactos negativos do uso exacerbado desses dispositivos. “Uma criança que tem exposição precoce e exagerada às telas, na maioria das vezes, pode ter atraso da fala, do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento muscular. Problemas de visão também são recorrentes, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Já nos adolescentes pode resultar em sedentarismo e cyberbullying.”

A pediatra ainda ressalta que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças com menos de 2 anos não sejam expostas a nenhuma tela, mesmo que passivamente.

Para crianças de 2 a 5 anos de idade, o ideal é limitar o tempo de tela há 1 hora por dia. Para crianças de 6 a 10, no máximo duas horas por dia e com a supervisão de um adulto. Para os adolescentes o limite é de três horas.

O incentivo voltado à realização de atividades alternativas deve ser constante para reduzir o uso desses dispositivos pelas crianças. “Para os mais novos, é recomendado fornecer brinquedos interativos e educativos. Para os mais velhos, é necessário estimular a prática de atividades físicas e brincadeiras ao ar livre”, ressalta a Dra. Patrícia Terrível.

Sobre a profissional:
A Dra. Patrícia Terrível, conhecida como Patty Terrível, é médica pediatra, neonatologista e membro do departamento de aleitamento materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Atualmente está em andamento o MBA em Gestão Hospitalar pela FGV. Além do atendimento presencial, é uma das idealizadoras do curso online “Papa sem Neura” em parceria com nutricionistas. Pró amamentação e idealizadora do projeto Corrente de Amor pelo SUS.

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