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Oficina leva esporte adaptado para o ambiente escolar em Brumadinho
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Oficina leva esporte adaptado para o ambiente escolar em Brumadinho

Oficina leva esporte adaptado para o ambiente escolar em Brumadinho

Ação da Secretaria de Desenvolvimento Social promove inclusão e conhecimento para os alunos

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Esportes, realizou, nessa quinta-feira (19/9) oficinas de esporte adaptado para alunos da Escola Municipal Padre Machado e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Brumadinho. O evento, que foi realizado em conjunto com Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e contou com o apoio da Associação Mineira do Paradesporto (AMparadesporto), teve objetivo de promover o esporte para pessoas com deficiência, além de proporcionar a vivência nas modalidades paralímpicas por alunos com e sem deficiência, auxiliando no processo de inclusão na escola e no município.

A praticante de Atletismo e medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Izabela Campos, esteve presente e fez uma palestra motivacional para os alunos. Ela, que é deficiente visual, é uma das atletas contempladas pelo Programa Bolsa-Atleta e Bolsa-Técnico, que reforça a política de valorização do esporte praticada pela Sedese. “Foi muito legal levar para os alunos a vivência no movimento paralímpico porque muita gente não tem o conhecimento do que é esporte paraolímpico. Ver esse trabalho me deixou muito feliz, além de mais confiante de que os atletas que virão no futuro terão um conhecimento a mais do que eu tive no início”, conta.

De acordo com a atleta, a conscientização dos alunos é algo muito válido, não só pelo ato em si, mas também para o brio das pessoas com deficiência. “Acho bacana desconstruir o preconceito que ainda existe de achar que o deficiente não pode ter uma vida social, que ele deve ficar em casa, escondido. É legal mostrar, tanto para a família quanto para a sociedade e para o deficiente que a gente pode, faz e acontece. A deficiência não pode ser uma barreira que impeça a pessoa de sair para o mundo”, afirma.

A iniciativa chamou a atenção da aluna Amanda de Carvalho, de 15 anos, que falou sobre a ação na sua escola. “Foi uma experiência da qual eu nunca havia participado antes, foi interessante ver como é diferente do esporte aprendido na escola e achei super divertido ver minhas dificuldades e facilidades dentro dessa modalidade”, conta ela, que participou da oficina de vôlei sentado.

Segundo Amanda, compreender como as pessoas com deficiência vivem, para que a inclusão possa ser completa, é essencial. “Foi espetacular entender como eles participam de tudo. Talvez por não termos convivência, desconhecemos que existem coisas como essas modalidades e é bom entender como funciona. Fiquei impressionada”, afirma a aluna, que ainda fala sobre o que aprendeu, além do vôlei. “Aprendi que não é só porque deixamos de ter como fazer algo com uma parte do corpo, que somos diferentes e temos que ser isolados. Nós temos muitas outras partes a serem exploradas, e assim nos espelhamos neles, pessoas com deficiência, que não têm porque desistir de um sonho, já que somos todos capazes se tivermos força de vontade”.

Para Alice Alves, diretora da Escola Padre Machado, as oficinas ensinaram muito aos alunos.“O benefício é grande para todos, pela conscientização e também para demonstrar que tudo é possível e que todos podem praticar esportes”, afirma. Ela conta que na unidade escolar existem alguns alunos com deficiência e a convivência entre todos sempre foi no sentido de incentivar a inclusão, e ações como as oficinas fomentam ainda mais a integração. “Foi uma atividade muito diferente para a escola, tivemos a participação de todos os alunos e isso mostra que estamos no caminho certo”, comenta a diretora, que ainda completa, “foi excelente, além de os alunos gostarem muito de práticas esportivas, foi bom saber e conviver um pouco mais com as modalidades paralímpicas”.

Ações em escolas estaduais e municipais de Brumadinho são realizadas desde fevereiro. De acordo com o diretor de Incentivo ao Esporte de Rendimento e de Participação da Sedese, Samuel Dutra de Souza, a motivação para realizar essa ação social esportiva se deu após a tragédia ocorrida na cidade, em janeiro deste ano. “Nos primeiros meses, a temática foi focada na questão lúdica, ou seja, atividades que traziam mais alegria, movimento, diversão e confraternização. Nesse segundo semestre o foco é a inclusão”, explica.

As oficinas dessa quinta-feira tiveram a presença de cerca de 730 alunos e também o envolvimento de 35 professores da escola. “Nós criamos atividades que podem ser feitas tanto por alunos com deficiência quanto por aqueles sem deficiência. Isso foi feito de forma intencional para proporcionar a socialização, o conhecimento e o respeito entre esses públicos”, completa Samuel.

Investimento

Ações sociais como a oficina de esporte adaptado fazem parte da política de formação e rendimento praticada pela Sedese, assim como o Programa Bolsa-Atleta e Bolsa-Técnico. O programa contribui para a manutenção da carreira dos atletas e técnicos paralímpicos de alto rendimento, por meio de apoio financeiro, e visa obter o pleno desenvolvimento esportivo para que eles possam representar o estado e o país nas principais competições nacionais e internacionais.

Um exemplo do sucesso desta política foi o desempenho do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, onde foram conquistadas 23 medalhas por atletas contemplados pelo Bolsa-Atleta e Bolsa-Técnico do Estado de Minas Gerais.

De acordo com a medalhista Izabela Campos, o benefício veio para somar e ajudar em sua vida. “O programa veio para dar um up na minha vida esportiva, pois ele possibilita que eu tenha uma condição melhor de alimentação, que eu consiga comprar os materiais de que necessito e ter uma estrutura melhor. Eu fique mais centrada para treinar e competir, e a gente vê o resultado lá na frente, que é a medalha”.

Crédito (foto): Divulgação/Sedese

PMA – Março e Albril (Saúde)
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