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Pesquisadores desenvolvem exame de sangue capaz de detectar oito tipos de câncer
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Pesquisadores desenvolvem exame de sangue capaz de detectar oito tipos de câncer

Pesquisadores desenvolvem exame de sangue capaz de detectar oito tipos de câncer

Testado em mil pacientes, o método tem sensibilidade de 69% a 98%, conforme a espécie do tumor. Para especialistas, a ferramenta facilitará a descoberta precoce da doença

(foto: Reprodução/Internet/Awebic)

Uma das maiores dificuldades enfrentadas na oncologia é de detectar a presença de tumores precocemente, condição que aumenta as chances de cura. Focado em ferramenta com essa utilidade, um grupo internacional de pesquisadores desenvolveu um método computacional capaz de identificar oito tipos comuns de câncer por meio de amostras de sangue. A tecnologia, que usa uma análise genética minuciosa, foi apresentada na edição da revista Science, mas precisa passar por mais testes. Para os criadores, o método poderá se tornar uma alternativa menos dispendiosa e mais prática de diagnóstico da doença.

Autor principal do estudo, Nickolas Papapdopoulos ressalta a importância de um exame com essas características. “A detecção precoce do cancro é fundamental para reduzir a mortalidade, pois os tumores são mais facilmente tratados quando ainda não se tornaram metástases”, diz o também professor de oncologia e patologia do Centro de Câncer Johns Hopkins (EUA). O exame criado foca em oito tipos comuns de tumores: ovário, fígado, estômago, pâncreas, esôfago, colorretal, pulmão e mama.

Ter uma alternativa de diagnóstico menos invasiva também foi um fator motivador da equipe, já que a maioria das tecnologias usadas com esse intuito, como a colonoscopia, tem procedimentos mais complexos. “Alguns exames de sangue têm sido desenvolvidos com esse objetivo, mas eles ainda passam por testes devido a dúvidas quanto à sua eficácia”, completa o pesquisador.

O método desenvolvido por Papapdopoulos e equipe, que contaram com ajuda de cientistas italianos e australianos, chama-se CancerSEEK e consiste em uma análise na qual um algoritmo avalia a presença de 16 genes de câncer e 10 níveis de proteínas circulantes, indícios biológicos de cancros, em amostras de sangues. O teste contou com 1.005 pacientes diagnosticados com um dos tumores em fase pré-metastática, além de 850 indivíduos saudáveis.

O exame detectou os tumores com sensibilidade de 69% a 98%, dependendo do tipo da doença. Em alguns casos, também forneceu informações sobre o tecido de origem do câncer, um dado dificilmente obtido em testes atuais. “O CancerSEEK analisa minuciosamente as partículas sanguíneas para alcançar essa alta sensibilidade, uma técnica avançada para minimizar o número de falsos-positivos. Nosso exame determina com precisão a localização de um tumor devido à análise minuciosa feita, e isso é uma limitação atual dos testes de biópsia líquida”, compara Papapdopoulos.

Outros males

Os investigadores acreditam que a ferramenta poderá ser usada para a análise de outros tipos de tumor. “No entanto, a sensibilidade do teste para outros cancros precisa ser avaliada em estudos futuros”, ressalta o autor principal. Papapdopoulos destaca mais pontos a serem alcançados pela equipe. “Nosso estudo estabelece o fundamento conceitual e prático para um exame de sangue único e de múltipla análise. Mas, para realmente estabelecer a utilidade clínica do CancerSEEK e demonstrar que ele pode salvar vidas, serão necessários estudos prospectivos de todos os tipos de câncer incidentes em uma grande população. Esses estudos maiores são necessários para explorar ainda mais a especificidade, a sensibilidade e o refinamento do teste”, pondera.

Gerson Carvalho, consultor da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), avalia que o trabalho tem como base um método que tem se tornado uma tendência na área médica. “É um estudo ainda inicial, mas essa é uma pesquisa inovadora, que mostra a possibilidade de dar um diagnóstico precoce ao paciente com câncer que ainda não tem metástase, e de uma forma menos invasiva, utilizando a genética para o diagnóstico. Isso tem sido cada vez mais explorado no que chamamos de medicina personalizada”, justifica.

Carvalho também acredita que a tecnologia poderá ser ampliada para o enfrentamento de outras doenças. “É um tema que merece ser ampliado e que, além de testar outros tipos de cancro, poderia analisar doenças inflamatórias e imunológicas, pois o paciente não chega ao médico com suspeita de câncer. Geralmente, ele apresenta alguma enfermidade que pode estar relacionada ao tumor”, explica.

 

Fonte: www.uai.com.br

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