68,2% dos comerciantes varejistas acreditam em bons resultados no segundo semestre
Economia

68,2% dos comerciantes varejistas acreditam em bons resultados no segundo semestre

68,2% dos comerciantes varejistas acreditam em bons resultados no segundo semestre

Expectativas de vendas no 1º semestre de 2023 foram alcançadas por 52,7% dos empresários

Os empresários do comércio estão otimistas com as vendas para o segundo semestre de 2023. Para 68,2% deles, o período que começa no próximo mês e vai até o final do ano, tende a ser melhor do que o primeiro semestre. A revelação vem da pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Fecomércio MG realizada com comerciantes de todo o Estado. A expectativa de vendas para o primeiro semestre deste ano foi confirmada por 52,7% dos empresários, enquanto 46,4% não confirmaram sua expectativa.

Divulgação

 

A principal justificativa, para esperar melhor desempenho no segundo semestre de 2023, é o aquecimento do comércio para 31% seguido da afirmação de que o segundo semestre traz melhores resultados para 30,3% dos entrevistados.    

Para as empresas com expectativas de resultados piores (28,6%) para o segundo semestre de 2023, os principais motivos citados são o preço alto dos produtos (24,6%), endividamento e inadimplência do consumidor (23,8%) e o momento econômico do país (20,6%).

Divulgação

Ajustando a balança com 2022

Em comparação com o primeiro semestre de 2022, 28,2% das empresas registraram aumento nas vendas de janeiro a junho de 2023. O primeiro semestre de 2023 também teve crescimento de 30,5% em relação ao segundo semestre do ano passado. Para 35,0%, porém, os resultados das vendas foram piores em relação ao segundo semestre de 2022. Alguns acontecimentos podem ter motivado os baixos resultados no segundo semestre como as eleições presidenciais e a Copa do Mundo de Futebol realizada no mês de novembro, onde o comércio ficou praticamente fechado durante os jogos, bem próximo da Black Friday, comprometendo os resultados.

Natal e promoções se destacam

Para os comerciantes otimistas, o Natal é a data comemorativa com maior impacto para o comércio no segundo semestre. Outras datas que apresentam um bom indicativo de melhora nas vendas é o Dia dos Pais (26,6%), Dia das Crianças (19,0%) e a Black Friday (18,8%).

Divulgação

Ao todo, 40,0% dos empresários esperam ser beneficiados pelas vendas do período. De acordo com comerciantes e representantes, 48,6% irão realizar promoções, 37,1% irão investir em ações de divulgação/propaganda e 12,0% prestarão atendimento diferenciado a seus clientes.

As medidas adotadas pelas empresas para impulsionar as vendas nesse período serão as promoções (48,6%), divulgação e propaganda (37,1%) e atendimento diferenciado (12,0%)

Divulgação

PIX se consolida como forma de pagamento

Conforme 58,2% dos empresários do comércio, a forma de pagamento que deverá se sobressair no período é o cartão de crédito, tanto à vista quanto parcelado. Em terceiro lugar aparece o PIX com 15,5%, seguido do pagamento em débito (10,5%). O pagamento em dinheiro aparece no final da lista, sendo estimado para o pagamento de 4,1% das compras.

Divulgação

Olhar Econômico: por Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.

O segundo semestre do ano é, historicamente, melhor do que o segundo primeiro semestre. Esse é um efeito sazonal do comércio, afetado positivamente pelas datas comemorativas como o Natal, o Dia dos Pais e o Dia das Crianças. Neste ano, 68,2% das empresas do comércio varejista acreditam que as vendas do segundo semestre de 2023 serão melhores em relação ao primeiro semestre do ano.

Fatores como o aquecimento do comércio, o próprio otimismo do empresariado mineiro, o aumento do poder de compra das famílias oriundos das medidas de transferência de renda adotadas pelo governo e melhorias sentidas pela economia são fatores apontados pelos comerciantes para a expectativa de vendas melhores no segundo semestre deste ano.

Além disso, a expectativa de melhora é esperada, seja pelos efeitos citados nos parágrafos anteriores, seja pelo fato das vendas do 1º semestre não terem alcançado as expectativas de 46,4% dos empresários mineiros. Fatores como a mudança de governo, falta de crédito, o preço alto dos produtos e o endividamento do consumidor são citados como os principais motivos para a quebra da esperança positiva que havia no início do ano.

Vale destacar que a volta das vendas do comércio, no primeiro semestre de 2022, para um patamar aproximado ao que era observado no período pré-pandemia acabou quebrando o estigma do crescimento em cima de uma base fraca. Desta forma, a comparação das vendas de 2023 acontece a partir de parâmetros mais elevados o que gera, para os empresários, uma maior sensação de retração nas vendas.

Essa lógica se aplica também quando comparamos as vendas do primeiro semestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior. Há uma maior concentração de empresários que acreditam em vendas piores (44,5%) ou iguais (22,3%) no ano corrente. Na comparação do primeiro semestre de 2023 com o semestre imediatamente anterior também há a percepção de vendas piores, sendo este apontamento ligado aos mesmos fatores explicados acima.

Os empresários estão atentos às mudanças do comércio e a necessidade de investimentos específicos. Desta forma, tendo em vista impulsionar as vendas no semestre que se inicia, deverão ocorrer promoções, propagandas, diversificação do mix de produtos, brindes, entre outras medidas. A facilidade para os meios de pagamento também é uma preocupação dos empresários. Neste sentido, a forma de pagamento mais esperada entre os empresários deverá ser o cartão de crédito à vista, seguido do crédito parcelado, do PIX e do débito.

Para este semestre o Natal, principal data do calendário varejista, apresenta a maior expectativa de vendas. Em sequência, aparece o Dia dos Pais, o Dia das Crianças, a Black Friday e o dia do consumidor. Para os setores de material de construção e de veículos, motocicletas, partes e peças estas datas comemorativas tendem a não gerar impactos nas vendas.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Juntos com Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a entidade integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC), atuando junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

Economia

Mais notícias da Categoria Economia

Guia para Declarar Criptoativos no Imposto de Renda 2024

Guia para Declarar Criptoativos no Imposto de Renda 2024

Portal Araxá 03/04/2024
Com quase 40% de imposto, repelentes de mosquitos deveriam ter imunidade tributária, defende IBPT

Com quase 40% de imposto, repelentes de mosquitos deveriam ter imunidade tributária, defende IBPT

Portal Araxá 01/04/2024
Confira dicas simples para não cair na “malha fina” do imposto de renda

Confira dicas simples para não cair na “malha fina” do imposto de renda

Portal Araxá 28/03/2024
Mais da metade dos mineiros pretendem gastar até R$ 100 em presentes de Páscoa 

Mais da metade dos mineiros pretendem gastar até R$ 100 em presentes de Páscoa 

Portal Araxá 21/03/2024
Economia brasileira cresce 2,9% em 2023

Economia brasileira cresce 2,9% em 2023

Portal Araxá 01/03/2024
Com menor taxa de desocupação da história, Minas Gerais caminha para cenário de pleno emprego

Com menor taxa de desocupação da história, Minas Gerais caminha para cenário de pleno emprego

Portal Araxá 20/02/2024