Poupança tem retirada líquida de R$ 5,9 bilhões em setembro
Brasil

Poupança tem retirada líquida de R$ 5,9 bilhões em setembro

Poupança tem retirada líquida de R$ 5,9 bilhões em setembro

Este ano, saques superam depósitos em R$ 91,07 bilhões

A aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros continua a enfrentar a fuga de recursos. Em setembro, os brasileiros sacaram R$ 5,9 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou hoje (6) o Banco Central (BC). A retirada líquida (saques menos depósitos) é a segunda maior da história, só perdendo para setembro do ano passado, quando as retiradas superaram os ingressos em R$ 7,72 bilhões.

Com o desempenho de setembro, a poupança acumula retirada líquida de R$ 91,07 bilhões nos 9 primeiros meses do ano. Essa é a maior retirada acumulada para o período desde o início da série histórica, em 1995.

Este ano, a caderneta registrou captação líquida (mais depósitos que saques) apenas em abril, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,51 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, num cenário de inflação e endividamento altos, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), que tornam outras aplicações de renda fixa mais atraentes.

Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia da covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

No ano passado, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida – diferença entre saques e depósitos – só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilhões) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a forte crise econômica levou os brasileiros a sacarem recursos da aplicação.

Cofre, poupança, real, economia

Rendimento

Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano. O aumento dos juros, no entanto, foi insuficiente para fazer a poupança render mais que a inflação, provocando a fuga de alguns investidores.

Nos 12 meses terminados em setembro, a aplicação rendeu 7,12%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 7,96%. O IPCA cheio de setembro será divulgado no próximo dia 11 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Brasil

Mais notícias da Categoria Brasil

Brasil já perdeu 34 milhões dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga

Brasil já perdeu 34 milhões dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga

Portal Araxá 16/04/2024
PF diz que corpos achados em embarcação no Pará são de africanos

PF diz que corpos achados em embarcação no Pará são de africanos

Portal Araxá 16/04/2024
Inflação de março pesou menos para famílias de renda alta, aponta Ipea

Inflação de março pesou menos para famílias de renda alta, aponta Ipea

Portal Araxá 15/04/2024
Campo de Búzios atinge marca de 1 bilhão de barris de petróleo

Campo de Búzios atinge marca de 1 bilhão de barris de petróleo

Portal Araxá 15/04/2024
Varejo cresce 1% em fevereiro e atinge patamar recorde, diz IBGE

Varejo cresce 1% em fevereiro e atinge patamar recorde, diz IBGE

Portal Araxá 11/04/2024
Mais de 2 milhões de crianças no país estão sem vagas em creches

Mais de 2 milhões de crianças no país estão sem vagas em creches

Portal Araxá 08/04/2024