Minas tem redução de registros de exploração sexual
Minas Gerais

Minas tem redução de registros de exploração sexual

Minas tem redução de registros de exploração sexual

Estado participa de debates e ações de enfrentamento a violências contra crianças e adolescentes

No Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual (18/5), o Governo de Minas, por meio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), divulga o levantamento das ocorrências registradas em 2018, 2019 e entre janeiro a abril de 2020, relativas a situações ocorridas com crianças e adolescentes no estado. A liberação dos dados marca a abertura da semana de ações organizadas pela Frente Parlamentar “Juntos Contra a Pedofilia”. Entre as iniciativas estão previstas transmissões ao vivo.

Em Minas Gerais, os dados de janeiro a abril de 2020 apresentaram redução, se comparados aos de 2019. No entanto, não deixam de retratar uma triste realidade. Por dia, 17 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de abuso este ano. Em 2018, foram 22 vítimas diárias, e em 2019, foram 23. Veja aqui os dados completos.

A chefe da Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, explica que a redução pode estar relacionada ao momento de distanciamento social no estado. “Podemos estar diante de subnotificações, pois muitas denúncias surgiam a partir das escolas e da comunidade em que aquela criança ou adolescente frequentava. Hoje, essa vítima pode estar em casa, com seu abusador, às vezes sem saber a quem recorrer”, avalia.

Os dados apresentados referem-se a diversos crimes sexuais praticados em todo o estado contra crianças e adolescentes, entre 0 e 17 anos. Entre esses, o estupro de vulnerável aparece com os maiores índices. Foram cerca de 3 mil casos, tanto em 2018 quanto em 2019; enquanto em 2020, nos quatro primeiros meses, foram 787 registros.

O único crime que apresentou aumento entre 2019 e 2020 foi o de importunação sexual, tipificado pela Lei 13.718. Ao todo, ele subiu de 217 registros, em 2019, para 331, em 2020. As meninas são a maioria das vítimas: 84,48% são do sexo feminino. Destas, quase 40% são crianças entre 0 e 11 anos. Veja aqui uma cartilha preparada pela PCMG.

Programação

Nesta segunda-feira (18/5), às 10h, a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Renata Ribeiro, e a psicóloga da Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e Adolescente, doutora Ana Flavia Ferreira de Almeida Santana participam de uma bate-papo ao vivo on-line. “O olhar e o cuidado com nossas crianças e adolescentes durante a pandemia” será o tema da transmissão que acontece pelo canal do YouTube da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Segundo Renata Ribeiro, é necessário que as pessoas estejam atentas, não só em relação às violações presenciais a crianças e adolescentes, mas também as virtuais. “Nesse tempo de pandemia, sem a rotina de escola, os jovens ficam mais tempo conectados, usam mais a internet. Por isso é importante que os pais ou responsáveis acompanhem quais conteúdos estão sendo acessados, com quem e sobre o que estão conversando”. Informações sobre crianças e adolescentes que possam estar sendo vítimas de abusos devem ser repassadas à polícia. Para denúncias anônimas por telefone há dois canais: o Disque 100 e o 181.

Também na agenda, está prevista “Caminhada Virtual”, proposta pelo promotor de Justiça Casé Fortes. Haverá ainda a distribuição da versão on-line da cartilha da PCMG contra abuso e exploração infantil nas redes sociais.

Para fechar a semana de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o superintendente de Polícia Técnico-Científica da PCMG, médico-legista, ginecologista e psiquiatra forense, Thales Bittencourt de Barcelos, conversa sobre “Atendimento integral às vítimas de violência sexual”. O debate terá a participação da chefe do setor de Sexologia Forense do Instituto Médico Legal (IML), a médica-legista e ginecologista Elisa da Cunha Teixeira. A live acontece na sexta-feira (22/5), às 15h, com transmissão pelo canal do Youtube da ALMG.

Barcelos explica que a violência sexual é um fenômeno multidimensional que afeta pessoas de todas as idades, classes sociais, etnias e orientações sexuais. Ela é uma das principais formas de violação dos direitos humanos, atingindo o direito à vida, à saúde e à integridade física. “Um dos grandes desafios para enfrentar essa violência é a articulação e a integração dos serviços e do atendimento, para evitar que essas pessoas sejam vítimas novamente”, afirma o superintendente.

Minas Gerais

Mais notícias da Categoria Minas Gerais

IPVA 2024 não quitado pode ser parcelado a partir desta segunda-feira em Minas Gerais

IPVA 2024 não quitado pode ser parcelado a partir desta segunda-feira em Minas Gerais

Portal Araxá 22/04/2024
Governo de Minas fixa prazos para entrega de melhorias nas estradas do Triângulo Mineiro

Governo de Minas fixa prazos para entrega de melhorias nas estradas do Triângulo Mineiro

Portal Araxá 22/04/2024
Governador entrega prêmio e destaca importância de eventos vitrine como a Copa do Mundo de Mountain Bike

Governador entrega prêmio e destaca importância de eventos vitrine como a Copa do Mundo de Mountain Bike

Portal Araxá 22/04/2024
Fazenda emite SMS para proprietários de veículos que ainda não pagaram o IPVA 2024 

Fazenda emite SMS para proprietários de veículos que ainda não pagaram o IPVA 2024 

Portal Araxá 19/04/2024
Estande de Minas Gerais na World Travel Market chama a atenção com exposições

Estande de Minas Gerais na World Travel Market chama a atenção com exposições

Portal Araxá 16/04/2024
Governo de Minas lança campanha para conscientizar usuários do transporte público sobre perigo

Governo de Minas lança campanha para conscientizar usuários do transporte público sobre perigo

Portal Araxá 16/04/2024